08 dezembro 2008

O poder da Flor


O poder da Flor

A sexualidade é o lugar da auto-revelação e a verdade sobre si mesmo, disse Focucalet em seu livro “A história da Sexualidade”. Ao longo dos séculos podemos perceber que os homens não só fixaram regras de conduta, afim de domesticar a sociedade. Mas também buscaram transformar e singularizar valores estéticos sexuais das culturas, maquiando o passado e rotulando uma propaganda tendenciosa da auto-imagem feminina direcionando ao culto doméstico.

O bom uso do prazer feminino na sociedade pós-moderna produziu finalmente a formação do seu sujeito. Em um passado não muito longínquo à repressão do desejo foi extremamente condenada pela inquisição medieval, que ainda possui atenua presença nos olhos conservadores dos nossos senhores e senhoras letrados. A pintora Tarsila do Amaral, participante do Movimento Modernista de 1922, disse que, “O libidinal feminino acabaria com as barreiras da moralidade universal escarnista do homem”.

As culturas atuais decadentes, adquiriram gosto pelo feminino, virou modismo. No entanto é perceptível a diferença existente nos discursos marqueteiros e a realidade existencial das vidas das mulheres. A igualdade nos leva ao estágio de senso comum, portanto a colisão frontal dos sexos causou uma competição desnecessária, problematizando as estruturas subjetivas do pensamento moderno.

É inegável o crescimento positivo e imperativo das Atenas do século XXI. Contudo a esterilização e a fertilização parecem caminhar ambas, lado a lado. A sociedade pós-moderna não quebra mais os padrões de arte e cultura sexual, mas sim personifica e máscara o passado que se mantém presente. Os meios acadêmicos consideram a quebra de padrões uma contracultura, que transforma radicalmente as raízes das convenções sociais. A busca do prazer e da liberdade condenando a virgindade, casamento, heterosexualismo e etc, amenizam a doença letal do determinismo onde homens e mulheres devem procriar.

Não há duvida que as mulheres estejam, hoje, em quase todas as profissões e que ocupem diversos espaços da vida social, negar seu crescimento é um erro. A valorização do feminino trouxe o estereótipo feminista de figuras que assustavam os homens com suas caras feias e sentimento mal-amado. O movimento feminista teve a enorme importância de questionar a organização sexual, social, política , econômica e cultural de um mundo hierárquico, autoritário, masculino, branco e excludente. Mulheres do mundo, unir-vos.









Nathália Oliveira Almeida

0 marteladas: